Comunidades imaginadas anderson benedict pdf




















Em citagao longa e importante de Die National- itditenfrage und die Sozialdemokratie, de Otto Bauer, eu me baseei, por preguica, na traducio de Oscar Jaszi. Pelo menos em duas passagens, prometi levianamente explicar por que o nacionalismo brasileiro se desenvolveu tao tarde e de maneira tao idiossincratica em com- paracao ao de outros pajses latino-americanos, No presente texto, procuro cumprira promessa que quebrei. Em meu plano original, pretendia enfatizar as origens do nacionalismo no Novo Mundo.

Achava que havia certo provincia- nismo inconsciente deformando e distorcendo, por muito tempo, 4 teorizagao sobre o assunto. Mas resta ver se minha anilise, ainda que plausivel para essa regiao, pode ser aplicada de maneira convincente ao redor do mundo.

Benedict Anderson Fevereiro de Agradecimentos Como 0 leitor poder4 notar,a minha reflexao sobre 0 naciona- lismo foi profundamente influenciada pelos textos de Erich Auer- bach, Walter Benjamin e Victor Turner. Ao preparar o livro, foram de imenso proveito as criticas e sugestoes do meu irmao Perry Anderson, de Anthony Barnett e de Steve Heder.

Introdugao Talvez, sem que tenha sido muito notada, estejaocorrendo uma transformacao fundamental na hist6ria do marxismo e dos movi- mentos marxistas.

Os sinais mais visiveis sao as guerras recentes entre o Vietna, o Camboja e a China. Quem pode ter certeza de que a Iugoslavia ea Albania nao irdo se digladiar algum dia? Para evitar possiveis mal-entendidos, cumpre dizer que Alnvasio de dezembro de resultou de confrontos armados entre partidarios doxdois movimentos revolucionarios, possivelmente desde Elliott org.

As Nagoes Unidas admitem novos membros praticamente todos os anos. Mas, se 0s fatos sao claros, a explicacao deles continua sendo objeto de uma longa discussio.

Nacdo, nacionalidade, nacionalis- mo—todos provaram ser de dificilima definigao, que dira de ana- lise. Este livro pretende oferecer, a titulo de ensaio, algumas ideias 4. Vero livro Nations and states, p. Grifo meu. Este ensaio foi incluido sem alteracoes no livro The break-up of Hrituin, como capitulo 9 pp. Creio haver uma necessidade urgente dese reo- rientar a perspectiva dentro de um espirito, por assim dizer, coper- nicano.

Aira Kemildinen, Nationalism, pp. Cf Seton-Watson, Nations and states, p. Nao existem na Franga dez familias que possam oferecer provas de uma origem franca Nenhuma delasimagina tera mesma extensao da humani- dade.

Ver 6 seu liveo The Age of Revolution, p. Creio que encontraremos os primeiros contornos de uma resposta nas rafzes culturais do nacionalismo.

Raizes culturais Nao existem simbolos mais impressionantes da cultura mo- denna do nacionalismo do que os cenotafios e tiimulos dos solda- dos desconhecidos. PH oaiderem-se, por exemplo, essas notaveis expressdes: a.

O que mais poderiam ser, salvo alemaes, america- nos, argentinos etc. Nao seria um absurdo? O marxismo eo liberalismo nao se importam muito coma morte ea imortalidade. Se o imaginario nacionalista se importa tanto com elas, isso sugere sua grande afi- nidade com os imaginarios religiosos.

Elepertencea historia por darum dos maiores exemplos de patriotismo vitorioso [sic]. Por que nasci cego? Por que o meu melhor amigo ficou paralitico? As religides tentam explicar. A desintegracao do paraiso: nada tornaa fatalida- de mais arbitraria. O absurdo da salvagao: nada torna mais neces- sario um outro estilo de continuidade. Como veremos, poucas coisas se mostraram se mostram mais adequadas a essa finalidade do que aideia de nagao. Ver Harry J. Benda e John A.

Larkin orgs. Ea magia do nacionalismo que converte 0 acaso em destino. Para nossas finalidades, os dois sistemas culturais pertinentes silo a comunidade religiosa e 0 reino dindstico. Tomemos 0 exemplo do isla: se um maguindanauense encontrasse um berbere em Meca, um des- conhecendo 0 idioma do outro, incapazes de se comunicar oral- mente, mesmo assim entenderiam 0s seus caracteres, porque os textos sacros adotados por ambos existiam apenas em arabe clas- sico.

Assim, hoje em dia a linguagem matematica da prosse- guimento a uma velha tradicao. Mas essas comunidades classicas ligadas por linguas sagradas tinham um carter diferente das comunidades imaginadas das nacdes modernas. Esses barbaros j4 estavam a meio caminho da plena aceitagao.

Essa atitude certamente nao foi exclusiva dos chineses, nem se restringiu a Antiguidade. Veja, por exemplo, a seguinte 5. Mas, se o meio de se imaginar as grandes comunidades glo- bais do passado eram as linguas mudas sagradas, essas aparices dquiriam realidade a partir de uma ideia bastante estranha a mentalidade ocidental contempordnea: a nao-arbitrariedade do signo.

John Lynch, The Spanish-American revolutions, , p. Conhecemos a longa discussao sobre a lingua latim ou verndcu- lo mais adequada para a missa. Por conversao, quero dizer nao tanto a aceitacao de determinados principios religiosos, e sim uma absorgao alquimica. Compare o pres- tigio dessas antigas linguas mundiais, colocadas acima de todos os yernaculos,com esperanto ou o volapuque, que jazem ignorados entre essas duas esferas. Devo essa sugestio a Judith Herrin. Nicholas Brakespear ocupou o pontificado de com o nomede Adrianowv.

Pelo contrario, os letrados eram grandes iniciados, camadas estra- ldgicas de uma hierarquia cosmol6gica cujo apice era divino. O pavor da excomunhao reflete essa cosmologia. Entre as razes desse declinio, destaco apenas as duas relacionadas direta- mente a sacralizacao unica dessas comunidades.

O mundo para ser organizado naturalmente em periferias e um centro ele ado di inamente. A cosmologia e a "istria eram uma coisa s. O desen ol imento de uma imprensa como mercadoria e com grande olume de mercado foi c"a e para mostrar no as formas de simultaneidade temporal e de organizao da ida. O capitalismo editorial fundamental. A comunidade de leitores fundamental para a nao.

O outro como o Latim do renascimento desfa oreceu o latim medie al sagrado. O latim irou uma l ngua em si mesmo e no um porta, oz da linguagem di ina selo da santidade. As l nguas administrati as p. E-istem muitos Estados, porm, ue tem uma l ngua oficial para se comunicar, mas tem popula.

As l nguas impressas, as consci'ncias nacionais e os Estados nacionais no so coisas ue surgem ao mesmo tempo. Anderson, ao estudar o nacionalismo perce! O pro! Fesmo ue ten"a acontecido de modo aleatrio no sistemtico pensado, proposital. Amrica ue ele no foi muito forte o suficiente para se formar, principalmente por ue o mercado editorial e as rela. O comeo do nacionalismo europeu 5 te e o americano como e-emplo e 5 tin"a passada 7 re oluo francesa. E as no as l nguas passaram a ocupar o capitalismo impresso de modo mais e-pressi o.

A ascenso de uma! Os Estado europeus podiam se er nos e-emplos americano de um sculo antes de como se pode organizar a administrao em moldes diferentes do de uma corte. Alm disso, a ascenso da l ngua erncula l ngua da! Ele o tempo todo fala ue no foi algo plane5ado, o nacionalismo.

Fas ue o decorrer do tempo foi for5ando uma comunidade ue se auto,imagina por rios moti os. Ento, ele mostra facetas diferentes e particulares de nacionalismos. Ao mesmo tempo em ue Anderson aponta semel"ana, aponta para rias ariantes. Assim, a no assimilao de no as pessoas na comunidade imaginada no se da a s por ue eram racistas na maioria dos casos, mas principalmente por ue no.

E-clu am,se por ue no se ueria trazer todos para dentro da nao. Fesmo nesse caso, Anderson ainda aponta e-ce. Fostrando com isso ue o nacionalismo em seu interior tem um u' de imaginado, mas tem ariantes para cada um dos estados nacionais.

O Estado,nao passou a ser o principal e culo do Estado. As dinastias imperiais ue se coloca am como centro e reproduziam,se foram tiradas de cena de ez na liga das na. O Estado,nao moderno de e muito as forma. Eles so uma mistura de um nacionalismo oficial com um nacionalismo popular. Os Estados nacionais imperialistas deram sistemas escolares,! A relao do nacionalismo e a morte por ele 5ustificada por Anderson no momento em ue ele analisa as rela.

As l nguas desen ol em muito! Essa ela! O mapa foi tam! Ele po oa a imaginao nacional, ele ensina aonde se sentir. A ar ueologia, os li ros didticos e os museus for5aram o consumo da ideologia nacional de modo ampliado, principalmente pelos meios de comunicao em massa. O mapa, o censo e museu iluminam o estilo de pensamento no Estado colonial tardio. A idia da simultaneidade car ssima para Anderson.

A atualizao da nao sempre tem "a er com o re isitar o passado para tirar dele as necessidades e legitima. O ato de matar a si mesmo. De ora matar ideia indigestas inclusi e pessoas, ora matar o passado em nome de um no o, de criar e matar passados faz para ter da construo da imaginao dese5ada, aparece sempre como natural, como algo a se mudado, como modo se atualizao da nao, ela cria o fora de moda ou o atraso, ultrapassado.

As na. Os romances, os peridicos sempre contam a nao como algo posto. As idias de naturalidade, de capitalismo editorial, oltam para a idia final de! Pular no carrossel. Anterior no carrossel. Sinopse : Perhaps the most read book about nationalism. Anderson adheres to the modernization argument explaining the origin of nations. In other words, nations developed as a necessary component of industrial society, though neither "economic interest, Liberalism, nor Enlightenment could, or did, create in themselves the kind, or shape, or imagined community".

Breaking from Gellner the Nations and Nationalism appeared in the same year as the first edition of Imagined Communities , Anderson places greater emphasis on the constructed nature of culture and on the role of print capitalism to the development of nations.

On the cultural front, Anderson argues that pre-national culture was religious culture. Nations replaced this religious culture with their own uniquely constructed national cultures. Anderson places print capitalism at the very heart of his theory, claiming that it was print capitalism which allowed for the development of these new national cultures and created the specific formations which the new nations would eventually take.

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